Médicos e especialistas em saúde recomendam que as pessoas bebam em torno de 2 litros de água por dia (o que equivale a aproximadamente 7 ou 8 copos) para se manterem saudáveis.
Por isso, a potabilidade da água para o consumo humano é um assunto de extrema importância. O líquido que ingerimos deve passar por um controle rigoroso de qualidade e atender a critérios estabelecidos pelos órgãos competentes.
Tudo isso para garantir que a água não tenha cheiro ou sabor desagradável, excesso de partículas de sujeira, de micro-organismos nocivos à saúde e de substâncias químicas e minerais.
Critérios de potabilidade da água
Água potável é justamente a água própria para consumo humano, cujo nível de impurezas e substâncias é seguro e aceitável para ingestão. Vale lembrar que nenhuma água é totalmente livre de outros componentes e micro-organismos.
Mas afinal, quais são os critérios de potabilidade da água? Como sabemos que ela é adequada para o consumo? Os parâmetros são estabelecidos pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e registrados na Portaria 5/2017.
Propriedades físicas
Propriedades físicas da água são um dos indicadores do nível de potabilidade. Por exemplo, o sabor e o odor devem ser neutros (insípida e inodora), e a cor deve ser inferior a um padrão pré-estabelecido de 5 unidades (o que equivale a incolor).
Além disso, a temperatura, a turbidez (presença de matéria em suspensão) e a condutividade elétrica da água potável também devem atender níveis seguros. Saiba como medir condutividade da água.
Propriedades químicas
Outro parâmetro de potabilidade da água diz respeito às suas propriedades químicas. Por exemplo, o pH indica a concentração de íons de hidrogênio em líquidos. Ele pode ser ácido (pH baixo), neutro ou alcalino (pH alto).
Água com pH alto tem potencial corrosivo, já as de pH baixo podem sedimentar material nas tubulações. Por isso, a água potável deve ser neutra. Veja como medir o pH da água.
A dureza da água — ou seja, a quantidade de sais minerais, metais e cloro residual presentes —, assim como a quantidade de matéria orgânica, também influenciam os padrões de potabilidade.
Propriedades biológicas
As propriedades biológicas da água dizem respeito à presença de micro-organismos vivos, como algas e coliformes fecais (bactérias provenientes de fezes depositadas em esgoto).
A água potável própria para consumo humano deve ser livre de coliformes fecais, que são agentes patogênicos causadores de doenças, e de proliferação de algas, causadoras de cor, cheiro e sabor desagradável.
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Quem monitora a potabilidade da água?
De acordo com a Portaria 5/2017 do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), a Vigilância Sanitária Municipal é o órgão responsável pela análise e controle da potabilidade da água.
Índice de qualidade da água
Considerando os critérios descritos acima, é feito um cálculo a partir dos níveis de todas essas propriedades para estabelecer o Índice de Qualidade da Água.
A escala varia de 0 a 100, classificando a qualidade da água como: excelente, boa, média, ruim e muito ruim. Em geral, a água aceita para consumo humano deve ser classificada no mínimo como boa.
Entretanto, é importante lembrar que os padrões de qualidade da água variam conforme o uso a que se destina. Assim, uma água imprópria para beber pode eventualmente ser balneável (ou seja, própria para banho) ou então ser utilizada na indústria e na irrigação de plantações.
Conclusão
Fonte de saúde e bem-estar, a água pura e potável é indispensável para a vida. Porém, somente com análise aprofundada e cálculos é possível determinar seu índice de potabilidade.
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