Uma das grandes vantagens que a tecnologia trouxe é a preocupação que todo tipo de empresa tem com os processos e a precisão. E não é diferente com os laboratórios de medição, que tem procurado trazer cada vez mais qualidade para os resultados!
A calibração dos equipamentos de medição é um ponto essencial para garantir essa qualidade, mas ainda existem algumas dúvidas sobre o assunto, principalmente ao diferenciar calibração direta e indireta.
Qual a diferença entre calibração direta e indireta?
Calibração direta
Como o nome nos revela, na calibração feita de forma direta as medidas são aplicadas diretamente sobre o mensurando.
Geralmente, é utilizada uma grandeza materializada para que o equipamento em calibração meça diretamente esse valor. Então, compara-se as informações para saber se o resultado é o esperado.
Outro exemplo de calibração direta é a que usa o bloco padrão de medidas, como no micrômetro e no paquímetro.
A calibração de balança também pode ser usada como exemplo de calibração direta. O laboratório deve ter pesos padrão sobre a balança que cubram toda as faixas do equipamento e daí é feita a comparação entre os valores para poder eliminar os erros do aparelho.
Calibração indireta
Ao contrário da anterior, a calibração indireta tem o mensurando formado através de um sistema auxiliar e não de forma direta. Esse sistema atua com o instrumento e o padrão ao mesmo tempo.
Assim, os resultados obtidos são comparados com o que está indicado no padrão para calcular os erros e as incertezas.
Um dos exemplos de calibração indireta são os manômetros. Na prática, são necessários dois equipamentos. Um servirá como padrão para o laboratório, enquanto o outro será calibrado de fato. A bomba de aferição, usada neste caso como o sistema auxiliar, aplica pressão sobre os equipamentos para comparar o valor obtido em cada.
Como definir o tipo de calibração?
Através dos exemplos que demos acima, você deve estar pensando como é que se faz para definir que tipo de calibração utilizar. A resposta é simples, mas vai exigir raciocínio na prática: é o tipo de grandeza física do instrumento que vai dizer se a calibração deve ser direta ou indireta.
Para isso, você deve avaliar os instrumentos que quer calibrar antes de definir o tipo de calibração. A dica é pensar se a grandeza pode ser materializada! Se puder ser, provavelmente será calibração direta. Se não, o mais provável é que seja indireta.
Seja qual for o tipo definido, escolher um deles é parte essencial do processo e vai fazer toda a diferença na precisão das especificações previstas na calibração.