Com processos se tornando cada vez mais automatizados, cresce a presença de ruídos em ambientes de trabalho. Eles podem ocasionar problemas sérios de saúde nos funcionários, caso não seja feita com frequência a dosimetria de ruído (além do uso de EPI).
Primeiramente, vale conceituar o que é um ruído. Ruídos são sons indesejáveis que podem provocar problemas à saúde de uma pessoa, não só no aspecto auditivo, mas também mental.
De acordo com a Norma Regulamentadora brasileira (NR15), o máximo de ruído a que um funcionário pode ser submetido em uma jornada de trabalho de 8 horas é de 85dB. Caso esse número seja superior, considerando a quantidade de horas a que é submetido ao ruído, o trabalhador pode ter diversos problemas de saúde.
Entre os principais efeitos dos ruídos no ambiente de trabalho estão: perda de produtividade, irritabilidade constante e alteração da pressão arterial. Outros problemas de saúde mais sérios resultantes desses ruídos são a perda de memória e a perda auditiva.
O que é e qual a importância da dosimetria de ruído?
Uma vez que a exposição constante de funcionários a ruídos pode desencadear uma série de problemas de saúde e comprometer sua produtividade, uma forma de evitar isso é fazer periodicamente a dosimetria de ruído.
A dosimetria de ruído é realizada com o auxílio de um dosímetro, utilizado com frequência em indústrias como a metalúrgica.
O dosímetro pode ser usado para medir o nível de ruídos de um ambiente que um funcionário está sendo submetido. Ele mede a exposição em um determinado período de tempo, uma vez que o equipamento é transportado pelo trabalhador.
Assim como a dosimetria de ruído, é importante que as empresas realizem anualmente o seu Laudo de Ruído. Este documento objetiva analisar o nível de ruídos dentro das empresas e integra as normas do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA), que deve ser feito todos os anos.
Como realizar a dosimetria de ruído?
Antes de realizar a dosimetria de ruído propriamente dita — por um profissional de segurança do trabalho —, é essencial que as empresas avaliem o objetivo da medição do ruído. Pode ser para evitar perda auditiva, poluição sonora causada na região onde a empresa está localizada, entre outros.
Além disso, é importante identificar qual o padrão temporal do ruído (contínuo, variável, intermitente, impulso). Bem como é preciso perceber as fontes, os horários e a localização das pessoas expostas aos ruídos.
Feito isso, é necessário regular o dosímetro, antes e depois da medição, com um calibrador acústico (como o pistonphone) a fim de ter uma eficiência maior na aferição. Atualmente, essas calibrações são reguladas por programas de computador que documentam o momento da calibração e regulam os níveis automaticamente.
Geralmente os dosímetros mais atuais vêm com função integrada de decibelímetro, o que permite identificar a fonte do ruído.
Feita a mensuração de pontos como níveis de pico de ruído, número de picos, percentual de doses ou níveis sonoros equivalentes, os dados são catalogados na memória do aparelho.
Após ser feita a transferência dos dados para um computador, é necessário avaliar se os dados coletados seguem os níveis de ruídos recomendados pela NR15.
Conclusão
Diante disso, percebe-se que a dosimetria de ruído é um procedimento vital para a garantia da saúde dos funcionários de uma empresa.
Com a realização frequente desse procedimento, é possível evitar que funcionários tenham sua produtividade comprometida. Ou, ainda, se afastem do trabalho e tenham impactos mentais e/ou auditivos permanentes por causa de ruídos.
Escreva nos comentários se você já fez alguma dosimetria de ruído na sua empresa. E confira também a seção de dosímetros digitais de ruídos com calibração certificada à venda em nosso site!